LATIN AMERICAN POKER TOUR
¡Campeón! Juan Barattini comenzó la defensa del título del LAPT
El Jugador del Año de la última temporada tardó apenas un día en ganar su primer torneo del 2024. ¡Impresionante!
Por Vini Marques
A maioria dos jogadores acredita no que quer acreditar, na versão mais conveniente, ignorando muitas vezes as evidências que “o jogo” e a realidade lhes mostra. Essa é uma das constatações mais verdadeiras que pude observar desde que comecei no poker.
A diferença de objetivos e motivações encontrados dentro da mesma mesa de poker é um dos fatores que levam a essa conclusão. Está claro que jogar de maneira recreativa é muito mais “divertido” do que jogar buscando sempre a melhor decisão, já que, no primeiro caso, não é preciso se preocupar em dominar conceitos rebuscados como os de odds, implied odds, ranges, EV e outros que a ciência do poker nos apresenta.
Na busca por estabelecer uma mentalidade competitiva vencedora no poker, a atitude mais eficaz é aquela adotada pelos jogadores mais vencedores: ser realista, aliás, super-realista! A negação de evidências é o primeiro passo para ser derrotado com bastante frequência. Um defeito a ser corrigido imediatamente.
Sempre que abordo as qualidades fundamentais para triunfar no poker, começo com a questão da autocrítica. Ser crítico e realista são qualidades imprescindíveis para alcançar o sucesso.
«O jogo (e a vida) como ele é»
Ou seja, se quer evoluir no poker, o primeiro passo é tentar achar sempre uma maneira de entender o que poderia ter sido feito melhor e trabalhar em cima dessas falhas. Encontrar a melhor versão de si mesmo e abandonar a tradicional ladainha de “poxa, que maré a minha”, “que fase me encontro”, entre diversos outros bordões e desculpas para mascarar a realidade e não aceitar o jogo (e a vida) como ele é.
A grande verdade é que ninguém é realista sempre. Todos nós nos apegamos a algumas ilusões, mas o divisor de águas que separa ganhadores de perdedores no poker é a motivação e disciplina para aceitar verdades inconvenientes, por mais dolorosas que sejam.
O objetivo claro dos ganhadores é maximizar suas vantagens. É fundamental, portanto, conhecer a verdade da tomada de decisão e, o mais importante, não ter medo da verdade. Isso acontece especialmente quando temos que se tomar uma decisão crucial e o fazemos pendendo para algum lado que costuma ser o emocional.
A ideia deste artigo é minimizar os efeitos dessa conduta, já que eliminar totalmente a ilusão que montamos para nós mesmos me parece uma guerra perdida contra o nosso próprio ego.
Então, o mais importante é criar rotinas para minimizar os efeitos desse vício, tornar-se mais realista e, consequentemente, melhorar seus resultados.
Para tal, vamos dividir esse desafio em três partes:
Análise pessoal
Provavelmente, seja a tarefa mais difícil, porque as “fantasias” do poker são sedutoras, já que muitas vezes parece fácil se tornar um jogador de alto nível e os resultados de curto prazo levam a ilusões sobre diversas de nossas habilidades.
Aquela busca frenética para derrotar todos os adversários e jogar todas as mãos, desafiando conceitos de odds ou oponentes mais experimentados – super acostumados com a tensão – tem que dar lugar ao realismo e pragmatismo. É importante selecionar com mais carinho as mesas ou torneios que disputamos, para, aos poucos, desenvolvermos nossas habilidades de maneira gradativa.
A análise dos adversários
Para começar, não tenha preconceitos com seus adversários. E não tente buscar vingança por uma parada perdida ou por algum comentário áspero. Não deixe que componentes emocionais interfiram na sua análise e tente avaliar mais profundamente um adversário, também levando em conta suas alterações de humor e objetivos na mesa.
A análise técnica
Entender que o jogo é de tomada de decisões embasadas por conceitos já estudados pela ciência do poker é algo importante. Claro que jogadores podem ser vencedores de maneira intuitiva, porém não é possível violar alguns procedimentos porque assim a conta não fecha!
Por sim, não seja afetado pelo inconsciente coletivo tenebroso que te faz crer ser “o jogador mais azarado do mundo” e perder tempo e energia achando que a mudança de dealer, o gol na televisão ou a chegada de algum amuleto fará qualquer diferença.
Conclusão: Temos de ser mais realistas no jogo e aproveitarmos a negação dos nossos oponentes. Para isso, alguns bons conselhos estão neste texto! Obrigado e até a próxima!