INFORME
Nicolás Pachelo: del poker a culpable en el caso García Belsunce
Habitual hace años del circuito pokeril, fue encontrado responsable del asesinato de la socióloga en el 2002. Aquí, una reseña del hecho y más.
Por Vini Marques
No meu primeiro dia de volta ao CPH, tudo correu muito bem, mas, no poker, como na vida, vale a máxima: novos dias, novos desafios. Confira tudo o que passou.
Encerrada a primeira rodada, comecei o Dia 2 com 76 mil fichas, com blinds de 1.000/2.000. Um stack bastante confortável de 38 Big Blinds – já vimos no artigo anterior que a média do torneio nada vale, já que o jogo é indexado no número de BBs.
IDENTIFICANDO RIVAIS
A primeira coisa a se fazer em um dia 2 é reconhecer os adversários e encaixá-los dentro de um padrão. Poker nada mais é do que um jogo de decifrar ranges. E quanto mais profunda for a análise do oponente e do momento que ele vive na mesa mais fácil será entender o seu range.
Rapidamente, identifiquei meu vizinho – neste caso, felizmente à minha direita. Era Daniel de Freitas, jogador excelente e que me daria muito trabalho; por outro lado, um bom parceiro para discutir os spots, além de uma figura simpática e de conversa agradável – algo que valorizo numa mesa de poker.
Também na minha mesa estavam: o conhecido Marciano Chaves (de estilo muito agressivo, mas também um ótimo parceiro), alguns regulares experientes e outros recreativos, com diversos ‘leaks’ importantes a serem explorados.
QUAIS OS ‘LEAKS’ EXPLORAR?
Alguns rivais se encaixavam no perfil conhecido como ‘calling station’: aquele que paga tudo e joga até o river na esperança de melhorar a mão. Neste caso, receita é simples: Diminuir o range de blefe e expandir o range de valor com ‘sizes’ mais altos do que o comum.
Uma das mãos, em especial, me deixou contente. Contra um destes ‘pagadores’, fui bastante eficiente: ele abriu do Hijack – com blinds 1.000/2.000 – para 4.500 e eu, do Big Blind com KK, e fiz raise para 22.000. Aumento que recebeu ‘insta-call’ naquele momento. O rival largaria a mão apenas depois da minha c-bet.
Ponto positivo para mim: extraí mais fichas do que a maioria dos jogadores conseguiria nessa situação; é isso o que chamamos de ‘edge’ (ou vantagem, simplesmente). E esse tipo de análise é muito importante para tirar o edge da teoria e colocar em prática.
Rapidamente, meu stack aumentou para 60/65 Big Blinds, mas cometi erros em alguns spots, além de perder mãos que tinha de perder – aqueles QJs da vida de fim de mesa que temos que abrir, c-betar no flop e às vezes no turn também. Enfim, segui sobrevivendo no torneio. E, como passaram 120 jogadores e o ITM começava na posição 55, tudo caminhava para a pré-bolha!
COMO JOGAR NA PRÉ-BOLHA E NA BOLHA?
Uma máxima bastante frequente: ‘não jogue para ITMzar, jogue para ganhar!’. Tal conselho às vezes é correto; outras tantas, porém, se transforma em uma “licença poética” para jogar mal neste cenário.
O correto é achar o equilíbrio entre não renunciar ao jogo e não virar presa fácil para bons jogadores, que vão te colocar em problemas. Em resumo, devemos ser agressivos na bolha quando temos muitas fichas. Quando não temos o Edge, devemos ser menos “spotado” e jogar de maneira mais conservadora, mas sem renunciar ao jogo.
A BOLHA ESTOUROU E TENHO 30 BIG BLINDS. O QUE FAZER?
Muitos jogadores esperam premiar, mas supervalorizam a máxima “tem que jogar para ganhar!”. Sim há que se jogar para ganhar, mas não podemos ir all-in inadvertidamente, tentando uma dobrada mítica. Isso nos transforma em apostador, não em jogador de poker.
Atenção a essa frase: ‘Não derreta seu stack de 30/35 blinds sem jogar’
Dica prática: Conte o número de Big Blinds do próximo blind, isso vai ajudar a descobrir mais rapidamente que a água vai bater no umbigo, especialmente para os jogadores mais sólidos.
No meu caso, as coisas fluíram bem e eu mantivesse o stack de 30 Big Blinds. Sobrevivi a bolha e cheguei no dinheiro.
O MOMENTO ONDE FERVEU O KISSUCO!
Depois do Dinner Break, voltamos em 42 jogadores – todos com R$ 3200 de premiação garantidos – e em busca dos R$ 130.000 reservados ao campeão. Daí para frente, por dois motivos, as coisas andaram muito mal para o meu lado: parte por cair em uma mesa onde não sabia como estavam as coisas e parte por supervalorizar minhas habilidades.
Em resumo, tentei um move por 50% do meu stack fora de posição contra o excelente Marcelo Giordano. Um blefe de rodoviária mal sucedido em um spot onde simplesmente deveria ter foldado pré-flop, no Big Blind, com 10-2s.
O que aprendi com esse erro? Por mais treinados e preparados que sejamos, ficar card dead é sempre muito chato, o que pode nos levar erros. Temos, porém, que saber a hora de efetuar um move e contra quem, fui infeliz nas duas escolhas!
Já numa situação de push-fold (all-in mode) acabei caindo para Lucas Imamura quando shovei meu 10-6s com 8 Big Blinds e encontrei 99. Muito aprendizado nesse dia, um bom resultado e melhor preparado para o próximo evento. Bora para o próximo e GL nas mesas!
Esses foram os destaques do dia 2, entre os jogadores que enfrentei:
Marcelo Giordano– Completo, melhor jogador da história do CPH, sempre com uma troca de marchas eficiente e mindset de um grande vencedor. TOP PLAYER!
Daniel de Freitas– Muito técnico, conhece muito o field, ainda bem que caí na sua direita. Discutimos boas mãos e acho que foi uma experiência ótima para ambos!