Jacobo Montoya irá de la PSOP Cancún a la WSOP en Las Vegas con GGPoker
Jacobo Montoya viene de una gran victoria en el Main Event de la PSOP Cancún y la siguiente parada será para la WSOP en Las Vegas. Ganó un paquete en GGPoker.
Yuri Martins, dono de cinco braceletes da WSOP, referência mundial no poker e principal nome brasileiro na atualidade, abriu uma sessão de perguntas e respostas em seu Instagram para conversar diretamente com seus seguidores. Em meio a perguntas sobre carreira e técnica, ele surpreendeu pela profundidade com que tratou temas como a fé cristã.
De maneira franca, Yuri compartilhou sua experiência pessoal com Deus, defendeu que o poker não é pecado e ainda deu conselhos técnicos valiosos para seus seguidores.
Questionado sobre como um cristão pode mostrar aos outros que o poker não é pecado, Yuri foi direto e firme em sua posição: “Quem afirma que poker é pecado é que tem que provar isso biblicamente — não você. O ato de jogar poker, por si só, não é pecado, como eu já falei aqui várias vezes. O que pode ser pecado é a forma como você se relaciona com o jogo. Se o poker ocupa um lugar errado no teu coração, se ele se torna um ídolo, se te afasta de Deus, se alimenta a cobiça… então sim, nesse contexto, pode ser pecado.”
Ele afirma que, desde a sua conversão, nunca enfrentou preconceito explícito, o que credita ao ambiente saudável da igreja onde se converteu: “Eu me converti numa igreja muito bíblica e saudável, que tem uma visão equilibrada das coisas. Lá ninguém sai pré-julgando sem antes entender o que a pessoa faz realmente. E é isso que faz toda a diferença.”
Segundo Yuri, o cristão precisa entender que sua identidade está em Cristo, e não na opinião das pessoas: “Quando você passa a viver à luz da Bíblia, com a consciência de que sua vida é para audiência de uma pessoa só, que é Jesus Cristo, você para de se preocupar tanto com o que os outros pensam.”
Yuri também respondeu a um seguidor que perguntou quando foi o «estalo» para se tornar cristão. Ele explicou que sua conversão aconteceu durante a pandemia, enquanto fazia um curso de teologia na igreja que frequentava em Florianópolis:
Eu resolvi fazer um curso de teologia bíblica… Era só pra ganhar conhecimento, mas durante esse processo, Deus me alcançou de verdade. Eu lembro exatamente onde eu estava: no meu escritório, no antigo apartamento em Floripa. Não lembro qual era a aula, nem o tema, mas lembro da sensação de ter sido transformado. De ter nascido de novo”.
Ele destaca que esse momento teve um impacto eterno em sua vida e reitera que não foi por mérito próprio: “Hoje, com tudo o que já estudei (e venho estudando), sobre a Bíblia e sobre Cristo, eu entendo que não fui eu quem escolhi me tornar cristão. Eu não teria essa capacidade por mim mesmo. Foi Deus, por meio do Espírito Santo, que me alcançou.”
Diversas dúvidas técnicas também surgiram, um dos temas foi sobre ajustes de estratégia em mesas com muitos jogadores ruins. Yuri destacou que esse tipo de mesa representa uma excelente oportunidade — e que a melhor abordagem é simples: jogar poucas mãos e apostar alto com ranges fortes.
“Você está numa mesa cheia de recreativos ruins? Parabéns. Você está na mesa dos sonhos. Então você pode até tomar bad beats ou perder mãos gigantes para jogadas bizarras, mas no longo prazo, se você jogar certo, o dinheiro está garantido. É seu.”, revelou.
Segundo ele, o segredo está em selecionar bem as mãos e extrair o máximo de valor desde o pré-flop: “Se dois jogadores dão limp na sua mesa e você tem par de ases com 100 big blinds, em vez de fazer um raise padrão, eu faria 10, 12, até 15 big blinds. Tudo depende do quão ruins forem os seus oponentes. Se eles vão pagar com qualquer mão naipada, por exemplo, tentando um flush… Por que não cobrar mais caro?”
Yuri reforça que esse estilo tight-aggressive pode parecer entediante, mas é altamente lucrativo para quem está começando: “Você vai ter que foldar muitas vezes por horas, né? Vai jogar um range muito tight, mas será efetivo. Comparando com minha época de clubes de poker, eu fazia muito isso, mas hoje, com mais conhecimento, eu sei que poderia ter feito raises ainda maiores do que fazia.”
Indagado como se especializar em torneios ao vivo, Yuri explicou que não há diferença estratégica entre o poker online e o live. O que muda é o ritmo mais lento, que exige ainda mais controle emocional:
“No live, você joga uma mesa só, né? Então é fácil se distrair, se entediar e acabar jogando mais mãos do que deveria. Sua estratégia precisa ser firme. Independente do seu estado emocional — entediado, animado —, você deve continuar seguindo aquilo que é certo em cada situação.”
Ele recomenda que os estudos comecem pela fase de pré-flop, usando ferramentas como GTO Wizard e Holdem Resources Calculator: “Se você já tem uma base, já entende a dinâmica do jogo, sabe o que são ranges e fases… Então eu recomendo muito o curso de SNG da Reg Life. É pensado para limites mais baixos, mas ensina fundamentos aplicáveis em qualquer MTT.”
Para os que ainda estão começando, ele faz uma ressalva: “Se você está no nível zero, esse curso não é pra você ainda. Aprenda o básico antes, ganhe familiaridade com o jogo e aí sim invista nesse tipo de formação mais aprofundada.”
Um seguidor desabafou sobre sempre chegar short stack nas retas finais dos torneios e cair. Yuri garantiu que cair short é completamente normal nessa fase e deu três dicas fundamentais para tirar o máximo dessa situação:
“Mesmo short, o seu stack vale muito dinheiro. Então trate essa fase com muita seriedade. Estude bastante short stack — até mais do que deep stack. O impacto desse tipo de situação nos resultados é muito, muito grande mesmo.”
“Ter 15 big blinds em um torneio que a média é 20 é diferente de ter os mesmos 15 big blinds em um torneio com média 30. Quando você tem menos blinds, pode correr mais riscos, porque o ganho proporcional ao seu stack é muito maior.”
“A dica mais importante: ataque os ranges fracos, principalmente dos chip leaders. Eles estão abrindo muitas mãos, pressionando, e vão foldar muito pros seus all-ins. É aí que você coleta fichas sem showdown e sobe o seu stack. Não tente lutar contra os outros short stacks, mas sim contra os caras que têm muita ficha.”
Encerrando a sessão, Yuri compartilhou, em forma de reels, uma das perguntas mais frequentes entre jogadores iniciantes: como lidar com a falta de apoio da família ao escolher o poker como carreira.
“Você vai ter que mostrar resultado. Não adianta querer que eles aceitem o poker se você não estuda, se não leva o jogo a sério e encara como uma simples diversão. Dessa forma, eles realmente nunca vão entender”, revelou. “Quando comecei a ter resultados sólidos, eles viram que é um jogo de habilidade, viram o quanto eu me dedicava — e passaram a me respeitar e a respeitar o poker também”, finalizou.
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