WORLD SERIES OF POKER
¿Cuánto fue el rake recaudado por la WSOP 2023?
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O MILLIONS South America é um marco para o poker brasileiros como a Rock in Rio de 1985, primeira edição do icônico festival, foi para a indústria da música nacional naqueles anos 80.
Naquela época, era raro ver grandes astros no Brasil; Mesmo assim, como que de repente, desembarcaram no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro , Queen, Iron Maiden, Whitesnake, James Taylor, Rod Stewart, Yes, entre outros.
Parece familiar? Para quem no Copacabana Palace, de 15 a 24 de março, certamente sim. Até o cenário se repete. Foi lá, no mesmo hotel, em 1985, que hospedou-se o Queen. A maior banda do mundo na época ocupou os melhores quartos, todos na cobertura, e Fred Mercury ficou na suíte presidencial, que serviu não apenas para descanso, mas para festas luxuosas e inesquecíveis.
Naquela época, o Copa (como é conhecido o hotel) foi morada dos Rock Stars. Desta vez, o estabelecimento quase centenário recebeu os melhores poker players.
Lá estiveram: Phil Hellmuth –us-, Viktor ’Isildur1’ Blom , Dan Colman , Mike Sexton Anatoly Filatov , Patrick Leonard , Joaquin Melogno , John Cynn , Kristen Bicknell , entre outros.
Hellmuth: Poker, Copacabana e Cristo
Hellmuth foi um dos que ficou mais tempo. Chegou ao hotel uma semana antes do MILLIONS e saiu apenas ao final do festival. Polêmico nas mesas, Hellmuth, é reservado na vida pessoal, bem longe do estilo Fred Mercury.
O americano dedicou seus dias a jogar, conversar com amigos sobre poker e a conhecer o Rio de Janeiro.
Nos intervalos e também nas madrugadas, após eliminações, passava parte de seu tempo na sacada do hotel, conversando ou apenas meditando às margens da praia de Copacabana.
Hellmuth, Cristo Isildur1 e a Beija-Flor
Em uma de suas saídas, foi se divertir com Anísio Abraão David, chefão da Beija Flor, e Gabriel David, herdeiro na escola de samba de Nilópolis.
Em outra de suas saídas, o maior campeão da história da WSOP visitou o Cristo Redentor. E não esteve sozinho. Foi acompanhado de Viktor Blom, o Isildur1.
Recluso e tímido: a discreta passagem de Isildur1 pelo Rio
A ida ao Cristo acompanhado de Hellmuth provocou sorrisos no rosto de Viktor ‘Isildur1’ Blom. Um momento raro para quem acompanhou o sueco no Brasil.
No primeiro dia, o lendário jogador teve atuação nada destacada. Jogou o Dia 1 do Main Event de $ 10.300, mas foi eliminado de maneira relâmpago. A ponto de sua participação não ter sido registrada pelos fotógrafos.
No segundo dia, esteve de volta. Ficou mais tempo, algumas horas desta vez. Sentado à mesa, parecia um coadjuvante. Não foi assediado por fãs e ficou horas mudo, sem interagir com seus rivais de mesa.
Só passou a conversar quando, após um redraw, Mike Sexton, executivo do partypoker, sentou-se a sua mesa.
Em determinado momento, pedimos uma entrevista ao astro, que prontamente recusou-se a falar. “Na verdade não (aceito dar entrevista). Não dou entrevistas. Nunca faço isso”, disse o sueco.
Leon, um bilionário no Rio
Leon Tsoukernik -cz– dono do cassino King’s, o maior da Europa – é um dos maiores parceiros do partypoker e esteve no Rio de Janeiro.
Foi a terceira vez no Rio e no Copacabana Palace do bilionário, que se divertiu bastante, tanto dentro quanto fora do festival.
O tcheco foi um dos parceiros de Hellmuth na visita a Beija-Flor. Além disso, costumava aproveitar o dia passeando na praia e comprando joias para sua namorada na joalheria Sauer, anexa ao Copa.
Sexton: menos jogo, mais organização
Mike Sexton é um dos maiores nomes do poker mundial, mas no Rio sua ação foi mais marcante nos bastidores do que nas mesas.
O americano, diretor do partypoker, disputou, sim, vários torneios (seu único ITM veio no Rio Open, com um 82º lugar, que lhe valeu $ 3,152), mas claramente seus esforços concentravam-se na organização do festival.
Em busca de que tudo da saísse da melhor maneira possível, Sexton esteve em constante contato com o diretor do MILLIONS, o italiano Christian Scalzi .
Kristen e Alex, casal no ferro; #1 tiltado
Deslumbrante, o Rio é certamente uma cidade para ser desfrutada em companhia. Também por isso, o MILLIONS foi destino de muitos casais, incluindo dois dos principais casais do poker nacional.
A embaixadora do partypoker Kristen Bicknell , melhor jogadora do mundo em 2018, e Alex Foxen , número 1 do ranking GPI no ano passado, formam o casal modelo do poker mundial.
Eles estiveram no Rio. Não temos informação se curtiram a cidade, mas podemos dizer que viveram intensamente o festival.
Os dois jogaram todos os principais eventos, incluindo o Main Event e todos os três High Roller (dois deles de US$ 25 mil).
No poker, nem sempre, porém, o mar está para peixe (ou, no caso deles, para tubarões), porque, apesar de serem ambos jogadores muito técnicos e talentosos as coisas não sairam como esperavam.
Contando entradas e reentradas, o casal fez vários buy-ins de 10 mil ou 25 mil dólares, deixando uma pequena fortuna no caixa. Nada que comprometa o bankroll dos dois, mas um ferro capaz de tirar mesmo os melhores do sério.
No último torneio que disputou, o High Roller de $ 25 mil realizado no domingo, último dia do MILLIONS, Foxen foi eliminado em quarto lugar, na bolha, pelo uruguaio Joaquin Melogno -uy, e se revoltou.
Começou a gritar no salão e, tiltado, ameaçou jogar seu computador no chão do Copacabana Palace. Kristen, apesar do fim de semana sem sucesso manteve o tempo todo o equilíbrio.
Maria: entre o rail e o Instagram
Outro casal de destaque no MILLIONS foi o formado pelos argentinos Ivan ‘Negrin’ Luca , maior vencedor da história do poker ao vivo na Argentina, com $6.376,484, e sua mulher, Maria Lampropulos , campeã do Main Event do PCA, em 2018.
Maria não teve um bom festival. Não fez nenhum ITM, foi eliminada rapidamente na maioria dos torneios e parecia entediada no salão. Não falava com quase ninguém e passava a maior parte do tempo no celular, sempre vestindo a mesma inconfundível jaqueta jeans. Estaria no Instagram?
Mesmo assim, seria exagero dizer que teve uma semana ruim, já que Ivan conseguiu dois ITMs faturando um total de 66.000 dólares. 6 mil pelo 22º lugar no Rio Open (Evento 1) e 60 mil pelo quinto lugar no Enjoy Punta del Este Super High Roller (Evento #7).
O casal não teve um lucro monumental, já que jogaram uma reta bem cara, mas tem mais a comemorar que Kristen e Alex.
Colman: o astro que passou despercebido
Viktor Blom teve passagem discreta, mas não tanto quanto a de Dan Colman . O americano, o mais premiado entre todos do field do MILLIONS South America, com $28,925,058 ao longo da carreira em torneios ao vivo, esteve no field do Main Event, mas não fosse nosso registro em uma foto de celular, passaria despercebido.
O polêmico gênio do poker jogou o Dia 1 A. Esteve a esquerda de Rafael Moraes, mas não chamou a atenção. Foi eliminado no meio da tarde de segunda-feira, deixou rapidamente o salão, sem falar com ninguém, e nunca mais foi visto no Rio de Janeiro.
O exemplo do Rock in Rio
Nunca o poker brasileiro havia visto tantas estrelas. Elas foram tão numerosas no field que puderam curtir o torneio e a cidade sem maior assédio, ao contrário dos astros do Rock in Rio.
Mas, assim como em 1985, o marco está feito. O poker brasileiro e sul-americano não será mais o mesmo.
Resta esperar que o MILLIONS retorne, em 2020, 2021, 2022 e assim por diante. E se torne uma tradição, como o Rock in Rio, que neste ano acontecerá de novo, 34 anos depois, mas ainda causando muito impacto.