Inicio > Vencendo o GTO no poker: como explorar suas reais fragilidades

É possível vencer o GTO no poker? Essa foi a pergunta que James “SplitSuit” Sweeney Flag of Estados Unidos e o coach Weasel colocaram sobre a mesa em um novo episódio do Red Chip Poker Podcast. E a resposta deles foi clara: sim, desde que você entenda como e quando fazer isso.

O GTO — Game Theory Optimal — se tornou o padrão moderno de estudo técnico, mas, segundo os especialistas, ele não é invencível. “O GTO não é a estratégia dominante. A clarividência é”, afirmou Weasel no episódio, argumentando que os solvers operam com limitações evidentes: eles não leem tells, não processam padrões de timing e, muitas vezes, ignoram caminhos alternativos que surgem na prática.

Cinco pontos fundamentai para vencer o GTO no poker

O episódio gira em torno de cinco vulnerabilidades que jogadores atentos podem explorar. O objetivo? Tirar o oponente dos padrões pré-carregados dos solvers e forçá-lo a pensar fora dos padrões que estudou.

  1. Tamanhos intermediários
    A maioria dos solvers trabalha com tamanhos fixos de aposta (como 2,5x ou 3x). Usar apostas como 2,6x ou 2,9x pode gerar erros de interpretação.
  1. Linhas não convencionais
    Muitos cenários ignoram jogadas como donk bets ou cold calls fora de posição. Incluir essas linhas causa caos na lógica GTO.
  1. Stacks assimétricos
    A maioria dos estudos se baseia em stacks com 100 big blinds exatas. Jogar com 83bb, 117bb ou outras configurações desequilibradas altera os ranges previstos como ótimos.
  1. Leitura de informações externas
    Tells físicos, tempo de ação e tendências do adversário não são considerados nos solvers. Saber usar esses dados faz toda a diferença.
  1. Potes multiway
    O GTO funciona muito bem em situações heads-up, mas perde força quando há três ou mais jogadores — a estratégia se fragmenta e o solver se torna pouco aplicável.

Cada um desses pontos revela uma brecha na suposta perfeição do jogo GTO. E como resume Weasel: “Quanto mais afastarmos a partida da árvore pré-carregada do adversário, mais erros vamos forçar.”

Weasel: “Quanto mais afastarmos a partida da árvore pré-carregada do adversário, mais erros vamos forçar.”

Solvers, dogmas e pensamento independente

Para além das linhas técnicas, o episódio também serve como introdução ao novo curso da Red Chip Poker: Myths of Poker. Em uma série com 15 aulas, Sweeney e sua equipe convidam os jogadores a questionar os dogmas mais populares do poker.

De ideias como “está comprometido com AK” até frases como “o red line mostra o seu nível”, o curso busca romper com fórmulas automáticas que, segundo os autores, travam o verdadeiro pensamento estratégico. Para Sweeney, o caminho é direto: estudar, sim, mas pensar ainda mais.

“O poker não recompensa quem decora, e sim quem pensa”, completou, deixando claro que, mesmo num ambiente dominado por teoria, a criatividade continua sendo a arma mais poderosa.

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